Coração de Escritora

Geeente...
Eu estava vasculhando minhas coisas de quando eu era pequena, e eu achei esse poeminha. É bem bobinho, mas eu achei tão bonitinho, não resisti e tive que postar. Acho que eu me baseei na música "I'll be there", do Jackson 5.

"Você e eu somos um par

Oi oi Little Hearts! Sei que tenho estado ausente, mas, vocês me fazem um favorzinho? Assistam esse cover que eu fiz e me dêem um feedback sobre ele: se está bom, se está mais ou menos, se está uma m...
Enfim, me ajudem.
Kisses on your hearts,
Letícia <3

HEY PEOPLE!
Não, eu não morri. Estou aqui, inteirinha. Mas vocês sabem, né? "Life keeps getting in our way" quotando High School Musical
Enfim, hoje apresento a vocês uma nova categoria: Contos. Mês passado, minha professora de redação pediu que escrevêssemos um conto, com um dos tópicos que ela apresentou ou com um assunto totalmente novo... Conseguem adivinhar o que fiz? XP
A razão dessa conversa toda, é pra informar que este pequeno conto é sobre romance. Mas é sobre romance entre dois garotos. Nada explícito, ou algo do gênero. É que estou planejando escrever um livro, e esse casal faz parte do grupo de personagens que já determinei. Por favor, se você não gosta, não leia. Não admitirei comentários maldosos. Vocês foram avisados.

"Ele tinha cabelos pretos, macios, que me faziam querer tocá-los. Seus olhos eram azuis, mas não daqueles azuis muito claros. Eram... azuis. Jogava futebol, era da equipe do colégio. Por isso, tinha um corpo bem atlético e forte. Não que eu reparasse nisso. Quero dizer, só um pouco. 
Tudo bem, reparava muito.
O problema era que eu não tinha chance nenhuma com o cara. Ele era lindo, popular e rodeado de garotas, que com certeza o atraíam. Eu, pelo contrário, nunca tive interesse em meninas.
E isso poderia ser considerado normal... se eu não fosse um garoto.
Vivi a maior parte do ensino médio com essa paixão nem-um-pouco-platônica por Christian Pietro. Eu já tinha aceitado que ele nunca me amaria de volta. E tentava, realmente tentava esquecê-lo. Mas o fato de ele ser meu colega de quarto no colégio interno que estudávamos não ajudava muito a minha situação. Todos os dias eu tinha de vê-lo -não que eu me incomodasse- trocando de roupa, ou saindo do banho, e isso era mais do que eu podia suportar.
Até que um dia, uma simples mensagem de texto mudou tudo.
Edu, venha até o bosque. Precisamos conversar.
Uma mensagem do Chris. Para mim.
Fiquei mais de cinco minutos encarando a tela do meu celular. Não é como se não fôssemos amigos. Nós até tínhamos algumas boas conversas, e ajudávamos um ao outro com os deveres. Mas não andávamos juntos nem nada. 
O que será que ele queria conversar?
Percorri a trilha até o pequeno bosque que ficava na parte de trás do colégio, mais conhecido como   o lugar onde os casais faziam aquilo que não podiam fazer nos dormitórios e era inapropriado demais para fazer em público.
Avistei-o no meio de uma clareira. Ele estava de costas para mim.
-Chris, é... Estou aqui- sorri sem jeito quando ele se virou e me encarou com olhos nervosos.
-Oi- ele disse, a voz tremendo um pouco- Desculpe por ter te chamado a essa hora da noite, mesmo que amanhã seja sábado, e você não precise acordar cedo e...- ele se interrompeu, suspirando- Desculpe de novo, eu costumo tagarelar quando fico nervoso.
-Por que você está nervoso?- me vi perguntando. Ele olhou pra cima, já que eu era um pouco mais alto que ele, e seus olhos azuis encararam os meus verdes.
-Eu estava no nosso quarto, hoje de manhã e estava procurando meu dever de matemática. Estava olhando nos materiais em cima da estante, quando sem querer derrubei seu caderno- Chris colocou a mão em um dos bolsos da calça jeans que estava usando e puxou um papel- E isso caiu dele.
Ele me mostrou o conteúdo da folha. Ah, Deus.
Era um poema que eu tinha feito há algum tempo, onde eu declarava todo o meu amor por Chris.
-Eu... Eu...- gaguejei, sem saber o que dizer. Tudo o que eu queria naquele momento era que a terra abrisse um buraco e me sugasse para dentro dele.
-É verdade, cara?- ele perguntou, com a voz ansiosa.
Ele estava ansioso para saber se eu gostava dele?
-Sim- murmurei, olhando pro chão- Aposto que você vai querer trocar de colega de quarto agora, não é?
De repente, as mãos dele se fecharam sobre as minhas. Olhei pra ele, surpreso.
-Não, Edu- Chris estava com o maior dos sorrisos estampado no rosto- Não mesmo. Isso resolve tudo.
Arqueei uma sobrancelha, questionando-o com o olhar.
-Eu.. Eu sou apaixonado por você desde a oitava série- ele disse, fazendo com que eu ficasse tonto por um momento.
-O... O quê?- sussurrei.
-Eu estava com medo de lidar com esses sentimentos, Edu. Estava com medo do que falariam pelas minhas costas. Mas eu te amo. E você me ama também... Não é?
Assenti com a cabeça, quase desesperadamente.
-Nossa, eu não acredito nisso- falei, abismado- Por favor, diga que isso não é uma pegadinha. Ou um sonho.
-Não é uma pegadinha, nem um sonho- ele afastou uma mecha loira da minha testa- Você... Você quer ser meu namorado?
Eu quase desmaiei.
-Sim!- respondi,  gritando de alegria- Sim, por favor!- tinha certeza de que estava com um sorriso tão grande quanto o de Chris.
Eu sabia que nem todo mundo ia aceitar. Com certeza receberíamos olhares estranhos, ou pessoas murmurariam insultos quando nos vissem. Provavelmente diriam que deveríamos ser castigados por amarmos um ao outro.
Mas eu realmente não conseguia ligar para isso enquanto Chris me beijava, abraçando minha cintura com seus braços."

Então, o que acharam?
Tenho boas ideias para uma reescrita deste conto, só que no ponto de vista de Chris. E ideias para outras histórias com eles dois. E com meu outro casal, Daniel e Vanessa.
Vocês querem a reescrita deste conto no ponto de vista de Chris?

Kisses on your hearts,
Letícia <3